ATA DA QUADRAGÉSIMA QUINTA
SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 21-05-2015.
Aos vinte e um dias do mês
de maio do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Elizandro
Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João
Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mauro Pinheiro,
Mônica Leal, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex
Fraga, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota e Waldir Canal. Constatada a existência
de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram Alberto Kopittke, Carlos Casartelli, Delegado Cleiton, Dinho do
Grêmio, Dr. Thiago, Engº Comassetto, João Bosco Vaz, Marcelo Sgarbossa, Márcio
Bins Ely, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e
Sofia Cavedon. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº
279/14 (Processo nº 2993/14), de autoria de Cassio Trogildo; o Projeto de Lei
do Legislativo nº 074/15 (Processo nº 0848/15), de autoria de Engº Comassetto;
e o Projeto de Lei do Legislativo nº 095/15 (Processo nº 1101/15), de autoria
de Professor Garcia. Ainda, foi apregoado o Ofício nº 615/15, do Prefeito,
encaminhando Veto Total ao Projeto de Lei do Legislativo nº 162/14 (Processo nº
1733/14). Do EXPEDIENTE, constou o Ofício nº 517/15, de Vanderlei Luis
Cappellari, Secretário Municipal dos Transportes. Após, por
solicitação de Fernanda Melchionna, foi realizado um minuto de silêncio em
homenagem póstuma a Fátima Pinheiro, falecida no dia de ontem. A seguir, foi
apregoado o Memorando nº 009/15, de autoria de Clàudio Janta, informando, nos
termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, no dia
dezenove de maio do corrente, em reunião com sindicatos de Porto Alegre, na
sede da Força Sindical, em Porto Alegre. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Mônica Leal, Alberto Kopittke e Clàudio
Janta. Em prosseguimento,
foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado, nos termos do
Requerimento nº 040/15 (Processo nº. 0963/15), de autoria de Cassio Trogildo, a
assinalar o transcurso do septuagésimo aniversário do Partido Trabalhista
Brasileiro – PTB. Compuseram a Mesa: Paulo Brum, presidindo os trabalhos;
Maurício Dziedricki, Presidente do Diretório Metropolitano do PTB; Ronaldo
Santini, deputado estadual; Everton Braz, Diretor-Geral do Departamento
Municipal de Habitação; Ranolfo Vieira Junior; Carlos Vargas; e Tanise Amália
Pazzin, Presidenta do PTB Mulher Metropolitano. Em COMUNICAÇÕES,
pronunciaram-se Cassio Trogildo, em inscrição própria e em tempo cedido por
Paulo Brum, Kevin Krieger e Clàudio Janta, este em tempo cedido por Márcio Bins
Ely. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Cassio Trogildo e Bernardino
Vendruscolo. Após, o Presidente convidou Cassio Trogildo a proceder à entrega,
a Ronaldo Santini e a Maurício Dziedricki, de Diploma relativo à presente
solenidade, e concedeu a palavra a Ronaldo Santini e Mauricio Dziedricki, que
se pronunciaram sobre a presente homenagem. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se
Rodrigo Maroni, Lourdes Sprenger, Professor Garcia e Dr. Thiago. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, pronunciou-se Carlos Casartelli. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
010/15, discutido por Clàudio Janta, e o Projeto de Resolução nº 018/15,
discutido por Reginaldo Pujol; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Executivo nº
012/15. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se Delegado Cleiton. Durante a
Sessão, Dr. Thiago manifestou-se acerca de assuntos diversos. Às dezesseis
horas e trinta e oito minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima segunda-feira. Os trabalhos foram presididos por Mauro
Pinheiro, Paulo Brum e Waldir Canal e secretariados por Paulo Brum. Do que foi
lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º
Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra.
A
SRA. FERNANDA MELCHIONNA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um
minuto de silêncio pelo falecimento da Professora Fátima Pinheiro, uma
guerreira, uma lutadora das causas sociais que lutou durante oito anos contra
um câncer.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Deferimos o pedido.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo Memorando nº 09/15, de autoria do Ver.
Clàudio Janta, nos termos do art. 227, § 6º e 7º do Regimento – justificativa
de falta –, que comunica a sua participação na reunião com sindicatos de
diversos setores econômicos de Porto Alegre, para tratar no que tange à greve
que ocorrerá no dia 29 de maio, reunião essa que ocorreu no dia 19 de maio de
2015, no turno da manhã, na sede da Força Sindical, localizada na cidade de
Porto Alegre, conflitando com a reunião da CUTHAB.
A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A
SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Vereadoras,
Vereadores, demais representantes e importantes lideranças do PTB que hoje nos
prestigiam com suas presenças. Eu utilizo a tribuna, hoje, especialmente
contente e satisfeita. Quero compartilhar esse sentimento, por conta do ato da
assinatura de um grande projeto de segurança preventiva, celebrado entre o
Governo do Estado, Porto Alegre e o Badesul, na manhã de hoje, no Palácio
Piratini, precisamente às 10h, sobre o videomonitoramento dos parques
Farroupilha e Marinha do Brasil. Nós vivemos um momento na Cidade e no Estado
do Rio Grande do Sul de extrema preocupação em relação ao avanço da violência.
E, há poucos dias, nós acompanhamos, através da imprensa, aquele ato de
violência que ocorreu com uma jovem, em plena luz do dia, ao meio-dia, quando
ela foi levada por dois bandidos e violentada no Parque da Redenção. Sem contar
outros casos que nós também acompanhamos. Então, esta Casa trouxe para o debate
a questão do cercamento do Parque da Redenção, e aprovamos aqui um plebiscito
para que possamos oportunizar a população de Porto Alegre, que é a quem
interessa e é quem deve debater essa questão do cercamento. Mas, como eu digo,
o melhor de tudo, na política, na caminhada que eu faço, é acompanhar os
movimentos que sobrepõem qualquer interesse político, siglas partidárias,
ideologias políticas; é a união de forças em defesa do cidadão – o cidadão
gaúcho, o cidadão de Porto Alegre. Então, o Governador Sartori, o Prefeito José
Fortunati e o Badesul assinaram, na manhã de hoje, este contrato, de quase R$ 2
milhões, que prevê a compra e a instalação de câmaras para o cercamento
eletrônico desses dois parques. O Marinha do Brasil receberá nove câmeras, e o
Parque Farroupilha receberá 21 câmeras para essa segurança preventiva.
Segurança se faz assim, nós sabemos muito bem, com efetivo nas ruas, com
investimento na segurança pública e também com inteligência, com planejamento
para se executar. Aqui está um belo exemplo, e eu não me canso de dizer que, se
não fosse pelos homens, os agentes que fazem a segurança pública do Rio Grande
do Sul, pelo valoroso trabalho desses agentes, nós estaríamos em pior situação.
Está aqui agora o recurso que será liderado por intermédio do programa Badesul,
integrado à política de desenvolvimento do Governo do Estado, e viabiliza
investimentos e infraestrutura. De acordo com a Presidente do Badesul, Susana
Kakuta, o tema de segurança é prioritário para o cidadão gaúcho. O Badesul está
apoiando o Município para viabilizar o uso seguro de importantes espaços
urbanos.
Eu sempre gosto de registrar que
os parques, as praças da cidade são o coração dos bairros, são os espaços onde
nós temos a oportunidade de conviver com a população. Então, nada mais justo,
nada mais correto do que oferecer segurança para os porto-alegrenses, enfim,
para os gaúchos. Uma praça iluminada - como está acontecendo na Cidade de Porto
Alegre, as praças estão recebendo iluminação, esse é um trabalho do Governo
Fortunati -, uma praça segura, uma praça com câmeras afasta a bandidagem,
afasta o vagabundo que está ali para oferecer droga, e traz as famílias para
esses espaços. Então, eu queria dar os parabéns e dizer da minha alegria por,
hoje, estar presente neste ato de assinatura que trabalha um projeto tão
importante de segurança preventiva.
Eu gostaria de compartilhar, com
os senhores e com as senhoras, as palavras do Governador, que me chamaram muito
a atenção, neste momento em que a violência tomou conta das ruas do Rio Grande
do Sul, ele disse: “Nós não podemos achar a violência natural”. Vamos, na
medida das nossas possibilidades, deixar os lugares mais seguros, começamos
pelo Marinha do Brasil e pelo Parque Farroupilha. Parabéns ao Governador
Sartori, ao Prefeito José Fortunati, que entenderam o clamor da população na
questão da segurança nos parques. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Paulo Brum assume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Caros colegas, venho aqui em tempo de liderança do Partido dos
Trabalhadores, e não poderia começar sem registrar a nossa homenagem ao Partido
Trabalhista Brasileiro, PTB, com todas as suas lideranças aqui presentes. Vou
tomar a liberdade de saudá-los no nome do Deputado Santini; peço perdão à
Executiva Estadual, que eu sei que está aqui na Casa também, mas em seu nome
saúdo as gloriosas lideranças do nosso PTB, que tantas vezes desta tribuna,
Deputado Santini, eu rememoro o PTB. Vejo aqui também o Delegado Ranolfo, que
foi candidato pelo PTB, querido amigo, e tantos outros. O PTB durante muitas
décadas, liderou a luta pelo trabalhismo, pelo direito dos trabalhadores no
Brasil, e tanto sofreu, inclusive, um golpe militar pela defesa do direito dos
trabalhadores brasileiros. Então, aqui, o nosso mais alto reconhecimento pela
história, pela trajetória do passado e do presente, porque recentemente
governamos, juntos, o Rio Grande do Sul, numa grande parceria, de conteúdo, com
o Governador Tarso Genro, com o Senador Zambiasi. Os nossos partidos unidos em
prol do Rio Grande num projeto que eu tenho certeza de que marca época e já
deixa saudade aqui no nosso Estado. Também nesse sentido eu vim hoje falar de
um outro tema, mas que tem a ver com a história do PTB também, que viveu, nos
anos 60, isso que eu vou referir.
Eu li, na semana passada, um livro do famoso
escritor americano Ken Follett, chamado Inverno do Mundo – o livro mais vendido
nos Estados Unidos já há dois anos –, em que ele narra, Ver.ª Mônica,
exatamente aquela que foi a última reunião do Partido Social Democrata Alemão,
em 1933, quando lá se reuniram os líderes do PSD e, de repente, surge uma
claque de nazistas, no meio dessa reunião, no Teatro Municipal de Berlim, e
interrompem – aos gritos e na porrada - a reunião do Partido Social Democrata
Alemão. Na semana seguinte, então, Hitler anuncia o seu golpe, o início da
ditadura nazista na Alemanha. Por que eu estou contando essa história? Porque
ontem à noite, Ver.ª Jussara, eu estava na Assembleia, a convite da Deputada
Manuela d’Ávila, ao lado do Deputado Pozzobom, do PSDB, crítico ao Partido dos Trabalhadores, como
todos sabem, um dos Deputados mais críticos ao Governo do Presidente Lula,
Presidenta Dilma. Estávamos junto com o jornalista Juremir Machado, com o
jornalista Moisés Mendes, com o Luciano Potter, da rádio Atlântida, debatendo
exatamente o ódio nas redes sociais e a necessidade de formarmos, independente
das nossas divergências, uma frente contra o ódio. Qual não foi nossa surpresa
quando, de repente, no meio do debate, uma claque de militantes organizados,
vinculados ao Deputado Van Hattem, do PP – eu não posso afirmar se alguns deles
têm filiação ao PP, e aqui a minha crítica não vai ao PP como instituição,
porque eu sei que ele é formado hoje por muitos democratas, independentemente
das nossas diferenças –, ligada a esse rapaz, o Deputado, que semeia o ódio em
todas as suas intervenções na Assembleia Legislativa, impediu a continuação do
debate aos gritos, aos empurrões, o que hoje, inclusive, está nos sites dos veículos de comunicação. É
muito triste que nós estejamos vendo essas manifestações de ódio. Antigamente,
nós achávamos que se restringia ao Deputado Bolsonaro, em outros Estados, e,
agora, nós já vemos essas manifestações fascistas de ódio e de intolerância
chegando ao Rio Grande do Sul. Presidente Brum, vou pedir aqui a sua
tolerância...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: ...Eu creio que o que aconteceu ontem não foi
contra a nossa Deputada Manuela D’Avila, que tão bem representa o Rio Grande do
Sul, não foi contra o partido A ou B, mas foi contra a política, foi contra a
democracia. Eu nunca tinha visto tal manifestação de ódio no Parlamento gaúcho,
e aquilo é uma manifestação contra todos os Parlamentos, contra todos aqueles
que acreditam na política. É muito triste ver esse crescimento do ódio, da
intolerância, esse tipo de manifestação fascista, que não atinge só um, atinge
todos nós. Eu peço que todos nós possamos refletir e que esse rapaz,
Parlamentar, reveja as suas atitudes de intolerância e de disseminação do ódio.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, a denúncia que o Ver. Alberto Kopittke traz aqui,
realmente, é uma coisa que nos assusta. Nesta Casa muito se discutiu, há dois
anos e no ano passado, a intolerância. Tem se falado muito nas discussões
feitas com ódio, feitas com intolerância, e nós não podemos trazer essas
discussões para o campo da política, trazer essas discussões para os púlpitos
dos Parlamentos. Eu acho que debatermos ideias é uma coisa; agora, fazermos
apologia ao ódio, à discriminação racial, à discriminação de classes, fazermos
apologia ao que quer que seja, isso merece todo o repúdio por quem quer que
tenha dito, seja da extrema esquerda, seja da extrema direita, seja dos meios
de produção, seja do meio operário, seja do meio que for. Acho que nós lutamos
muito para ter um Estado Democrático, mas esse Estado Democrático não pode nos
levar a um Estado totalitário. Nós vivemos 20 anos numa ditadura, nós vemos
alguns países, hoje em dia, vivendo uma ditadura, e nós não podemos viver numa
ditadura de conceito, numa ditadura em que um grupo pequeno acha que está
certo, que a sua vontade tem que prevalecer e que ninguém mais pode de expor a
sua opinião. Isso é inadmissível no mundo hoje em dia. Acho que todos os
segmentos têm que ser ouvidos. Tivemos, há pouco tempo, audiências públicas na
Assembleia, para discutir a questão da religiosidade, das religiões de matriz
africana, e vimos ambos os lados, em algum período, quererem prevalecer um
sobre o outro usando argumentos, muitas vezes, mentirosos, argumentos, muitas
vezes, “rotulosos”. Então, acho que temos que parar de rotular as pessoas,
temos que parar de trazer esse ódio para a nossa Cidade, para o nosso Estado,
para o nosso País.
Acho que o Brasil
vive, há décadas, em harmonia, tanto cultural como religiosa ou política, e as
questões de fundo, realmente a gente não discute, as questões estruturantes do
nosso País a gente não discute. A gente questiona aqui – e vem questionando
aqui – o assunto da reforma política: a gente fala tanto da reforma política,
culpa os políticos, mas não culpa quem conduz os políticos, não culpa o
corruptor dos políticos, começando pelo próprio eleitor, que conduz. Vários
políticos que a gente vê nos noticiários de corrupção estão lá porque o povo
elegeu, estão lá porque existem artifícios, como a emenda parlamentar, que
permite que isso ocorra; como o financiamento privado de campanha, que permite
que isso ocorra; existe o artifício de uma prestação de contas que não é clara
na questão eleitoral, que permite que isso ocorra. Acho que nós temos que
começar a parar de rotular as coisas e ser mais claros, ser mais límpidos nas
questões, rechaçando qualquer tentativa de calar as pessoas, de calar os
Parlamentos e qualquer tentativa, através da força bruta, através da
intervenção, de gritar mais alto e não permitir que as pessoas discutam o que é
melhor para a nossa Cidade, para o nosso Estado e para o nosso País. Venho
aqui, em nome do meu Partido, me somar a esse repúdio ao fato que aconteceu
ontem na Assembleia Legislativa...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. CLÀUDIO JANTA: ...Com força, fé e
solidariedade, nós vamos melhorar a vida do povo brasileiro. Muito obrigado,
Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Passamos às
Hoje, este período é
destinado a assinalar o transcurso do 70º aniversário do Partido Trabalhista
Brasileiro, PTB, nos termos do Requerimento nº 040/15, de autoria do Ver.
Cassio Trogildo. Convidamos para compor a Mesa o Sr. Maurício Dziedricki,
Deputado Estadual, Presidente Metropolitano do PTB; o Sr. Ronaldo Santini,
Deputado Estadual, representando a Bancada estadual do PTB; o Sr. Everton Braz,
Diretor do DEMHAB; o Sr. Ranolfo Vieira Júnior, Delegado; o Sr. Carlos Vargas;
a Sra. Tanise Pazzim, Presidente do PTB Mulher Metropolitano.
O Ver. Cassio Trogildo, proponente desta homenagem, está com a palavra em Comunicações.
O SR. CASSIO TROGILDO: (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Quero fazer uma saudação muito especial a todos os
companheiros da Juventude, MJT, aos nossos Conselheiros e Delegados do Orçamento
Participativo, lideranças comunitárias, lideranças em geral e a militância do
PTB aqui presente nesta tarde.
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
esta é uma homenagem proposta pela Bancada do PTB nesta Casa, composta pelos
Vereadores Paulo Brum; Elizandro Sabino; Henrique Casartelli; Dr. Goulart, que
está licenciado a serviço da SMIC; Alceu Brasinha, que hoje é Secretário
Adjunto de Esportes; Elói Guimarães, que está servindo a Secretaria de
Administração; Roni, que tem assumido frequentemente nesta Casa e por este
Vereador, Líder da Bancada, Cassio Trogildo.
Desde a Revolução de 1930, já se falava em
Ministério do Trabalho e em reforma agrária. Em 15 de maio de 1945, fruto desse
acúmulo, surge o nosso PTB, de Getúlio Vargas e Alberto Pasqualini. Portanto, o
PTB fez, no último dia 15 de maio de 2015, 70 anos, com o objetivo,
principalmente, da busca da valorização dos trabalhadores, das reformas
sociais, das organizações sindicais que têm os seus primórdios nos Governos de
Getúlio Vargas. No Rio Grande do Sul, em especial, temos o partido reorganizado
a partir de 1989, Ver. Kevin Krieger, através do ingresso, no nosso partido, do
nosso sempre Senador da Republica Sérgio Zambiasi, com a contribuição de
diversos companheiros históricos do nosso partido que se somaram naquela
primeira remontagem aqui no Estado do Rio Grande do Sul.
A partir de então, foi introduzido a todas essas
bandeiras históricas do nosso Partido um tema muito atual, o tema da
solidariedade, que foi objeto, inclusive, de uma lei do nosso Deputado, na
época, Sérgio Zambiasi, chamada Lei da Solidariedade no Estado do Rio Grande do
Sul, sempre buscando o que para o PTB é mais importante: cuidar dos
trabalhadores, cuidar das pessoas, cuidar do povo do nosso País.
Também
fazemos um trabalho muito conectado com as lideranças do Orçamento
Participativo, conselheiros e delegados que colocaram Porto Alegre no
calendário mundial através da sua organização popular que, neste ano,
completará 26 anos de existência. Temos uma participação nos movimentos
sociais, e essa participação, para o PTB, não tem a visão de aparelhamento das
entidades; tem, sim, a busca de fortalecer a bandeira das entidades cada vez
mais. É assim que nos comportamos quando estamos dirigindo ou ajudando a
dirigir as entidades sociais.
Em Porto Alegre, viemos contribuindo desde 2005 nos
Governos Municipais em diversas Secretarias. Isso continua no atual Governo do
nosso Prefeito Fortunati e do nosso Vice-Prefeito Sebastião Melo, o que muito
nos honra.
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Cassio Trogildo
prossegue a sua manifestação em Comunicações, a
partir deste momento, por cedência de tempo deste Vereador.
O
SR. CASSIO TROGILDO: Obrigado, Ver. Paulo Brum.
O Sr. Elizandro
Sabino: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Ver. Cassio
Trogildo, Líder da Bancada do PTB, é bem verdade que este momento tão especial
é iniciativa da bancada, mas idealizado por V. Exa., que trouxe essa ideia,
esse sentir de hoje estar prestando essa homenagem aos 70 anos do nosso Partido
Trabalhista Brasileiro. E eu quero me associar a esta homenagem e dizer da
minha alegria especial em compor a Bancada do PTB aqui nesta Casa Legislativa,
na Câmara de Vereadores.
Quero também dizer que, no ano de 1996, quando nos
filiamos ao PTB, meu pai concorreu a Vereador nesta Cidade e se elegeu; no ano
que vem, fará 20 anos que estamos filiados, justamente num período de eleição.
Então, quero parabenizar V. Exa. pela iniciativa
deste momento especial, assinalando o transcurso dos 70 anos, e também toda a
militância petebista que está aqui na tarde deste dia. (Palmas.)
Parabéns pela presença; parabéns, Ver. Cassio
Trogildo, pela brilhante iniciativa. Estamos juntos nessa caminhada do Partido
Trabalhista Brasileiro.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Obrigado, Ver. Elizandro.
O Sr. Rodrigo
Maroni: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero fazer
uma saudação a ti, Cassio, como Vereador e amigo, pessoa de uma integridade absoluta,
uma figura muito séria que tive a felicidade de conhecer aqui na Câmara de
Vereadores, a quem passei a admirar não só como Vereador, mas também como
amigo. Quero saudar também o Ver. Paulo Brum, Presidente desta Sessão, figura
doce e pessoa absolutamente admirável pelo lado humano que expressa na
política, na vida e na causa que traz; o Deputado Estadual Maurício Dziedricki,
Presidente Metropolitano do PTB, uma das figuras jovens hoje mais reconhecidas
do nosso Estado, que muito nos orgulha pela postura, pela alegria e pelo
entusiasmo com que faz política.
Quero dizer para vocês que, mais do que qualquer
coisa, eu conheço o PTB da época do movimento estudantil, quando eu era do DCE,
e ele foi um partido atuante e é atuante em todas as áreas. Hoje, em Porto
Alegre, se tem um partido que a gente pode dizer que tem base social, de fato,
é o PTB; um partido organizado, um partido que consegue, na minha opinião,
achar o meio-termo, e isso é fundamental na política. Não é por nada que vocês
têm uma participação estruturante em diversos governos, porque entenderam que a
política é colaborar. Eu sempre comento aqui que tem muita gente que faz
política do contra ou política do a favor, e o mais importante de tudo é a
gente achar a política do colaborar, da construção. As crianças, dentro de uma
escola, conseguem fazer um trabalho em conjunto, e, muitas vezes, os políticos
não conseguem fazer, porque têm vaidade, tem melindres e o medo de que o outro
seja melhor. E vocês, na minha opinião, são as melhores expressões daqueles que
estão sempre querendo colaborar, sempre dando o seu melhor.
Parabéns ao PTB, vida longa à militância de vocês e
que estejam, cada vez mais, presentes na política do país. Obrigado.
O Sr. Marcelo
Sgarbossa: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Cassio
Trogildo, em nome da Bancada do PT, quero fazer uma saudação a toda direção do
PTB aqui presente pela iniciativa da bancada, aos militantes; inclusive vejo,
como componentes da Mesa, o Delegado Ranolfo, o Carlinhos Vargas. Tivemos,
temos e certamente teremos, no futuro, parcerias entre os partidos, temos
diferenças. Uma saudação especial ao meu conterrâneo Ronaldo Santini – somos de
Lagoa Vermelha, meu pai filiado e apoiador do Ronaldo Santini, no PTB.
Que bom que estamos aqui falando dos partidos, e é
isto que poderá fortalecer a democracia: os partidos se unirem, apesar das
diferenças, estarem juntos. Há diferenças aqui no Município, estamos em lados
diferentes; no Estado estávamos juntos. Isso é democracia, e esse é o avanço do
Brasil. Parabéns a todo PTB, que comemora seus 70 anos. Obrigado.
O Sr. Nereu
D’Avila: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os
componentes da Mesa e demais presentes.) Saúdo todos os militantes,
protagonistas da participação forte do PTB no cenário de Porto Alegre, do Rio
Grande do Sul e do Brasil.
Prezado Ver. Cassio Trogildo, eu quero
parabenizá-lo pela iniciativa de nos trazer a possibilidade de homenagearmos o
PTB. Quero, não só como Vereador, saudar a iniciativa do nosso colega Cassio,
mas pa presença de todos vocês, aqui nesta tarde, e dizer da satisfação do PDT
como partido, como dizia o Brizola, primo-irmão do PTB, nas nossas lutas
populares.
Getúlio Vargas criou, na sua genialidade política,
na época em que acabou o Estado Novo, criou o partido de elite da época que
foram os ex-interventores nos Estados, que foi o Partido Social Democrático –
PSD, e para contrabalançar não só as forças populares emergentes, mas a própria
estabilidade política do País criou o Partido Trabalhista Brasileiro – PTB.
Aliás, quero também trazer, Maurício Dziedricki, como Presidente do PDT
Municipal – substituindo o Secretário da Educação, Vieira da Cunha – a saudação
partidária do PDT ao PTB Metropolitano, à senhora representante e ao PTB pela
sua representatividade política. A história do PTB, nesses 70 anos, é farta de
contribuição à estabilidade democrática do país. Somente aqueles que não são
democratas que não sabem que a estabilidade política do País depende,
essencialmente, dos partidos políticos. Enquanto tivermos partidos políticos
fortes, sabemos que conviveremos com a democracia plena. Parabéns, Ver. Cassio
Trogildo e a todos aqui nesta tarde da democracia de Porto Alegre, do Estado e
do País. Muito obrigado.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Obrigado, Ver. Nereu D’Ávila.
O Sr. Carlos
Casartelli: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os
componentes da Mesa e demais presentes.) Quero dizer, Ver. Cassio Trogildo, que
é um grande orgulho poder estar aqui falando, hoje, como Vereador do Partido
Trabalhista Brasileiro, esse partido que tem 70 anos de história. Uma história
que não é recente, pois vem de muito longe: lá de Getúlio Vargas. Uma história
de defesa dos interesses de todo o povo brasileiro, e que ficou, como a maioria
dos partidos políticos, durante muito tempo sem poder usar a sua sigla, mas
que, posteriormente, voltamos a reutilizar a sigla do PTB. Com muito orgulho,
constituímos um partido de importância, o qual continua com a mesma finalidade
que tinha lá nos seus primórdios, que é a defesa dos interesses da população,
nos locais em que nós militamos, no nosso Município, nas nossas comunidades, no
Estado e no País. Eu quero dizer que, para mim, é um grande orgulho fazer parte
dessa família petebista. Eu, que sou membro do Partido Trabalhista Brasileiro,
fico até um pouco emocionado aqui, neste momento, porque eu me lembro,
Maurício, de antes da revolução de 1964, quando eu tinha sete anos, da história
e dos comícios que tinham na minha cidade, no bairro em que eu residia. Apesar
da pouca idade, menos de sete anos, eu acompanhava os meus pais – o meu pai,
principalmente – nos comícios do Partido Trabalhista Brasileiro e das
lideranças petebistas, em Rio Grande, que iam lá falar para as comunidades e
para a nossa cidade. É uma recordação que eu nunca esqueci, apesar de me
recordar poucas coisas da minha infância, principalmente de antes dos sete
anos, a da participação nos comícios, que, naquela época, eram diferentes. Não
se tinha, naquela época, facilidade de comunicação através das redes sociais,
da televisão, toda a abrangência que o rádio tem hoje, então se fazia política
com muitos comícios, que eram feitos em vários locais, em vários bairros. Eram
comícios que, para mim, naquela idade, pareciam muito grande; talvez até não
fossem, mas a imagem que eu tenho é de centenas, milhares de pessoas ouvindo as
lideranças petebistas. Isso me traz uma recordação do meu pai, que era uma
pessoa muito politizada, uma pessoa que defendia os interesses dos
trabalhadores, que era um trabalhador. Na época, foi, inclusive, convidado para
ser Vereador em Rio Grande, e acabou não concorrendo, mas ele gostava muito de
política e passou isso para os filhos – tenho irmãos que também gostam muito.
Eu me sinto muito orgulhoso e reconhecido pelo
Partido Trabalhista Brasileiro por ter me convidado para fazer parte do PTB.
Fui Secretário do PTB, sendo reconhecido como alguém que poderia fazer alguma
diferença na saúde de Porto Alegre. O PTB tem uma história na saúde de Porto
Alegre, assim como em outras Secretarias. Temos uma história de sermos
excelentes gestores, e eu me orgulho dessa oportunidade que o PTB me deu de ser
Secretário e, hoje, Vereador de Porto Alegre, com muito orgulho, pela sigla do
Partido Trabalhista Brasileiro. Então, mais do que parabenizar, eu quero
agradecer a todas as lideranças do partido por terem me dado essa oportunidade.
Muito obrigado e parabéns a todos nós! Longa vida ao Partido Trabalhista
Brasileiro!
O SR. CASSIO
TROGILDO: Obrigado, Ver.
Carlos Casartelli.
A Sra. Jussara
Cony: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Nosso querido 1º Vice-Presidente, de quem tenho a honra de ser a 2ª
Vice-Presidente, Ver. Paulo Brum, de anos e anos de lutas. Acho muito
importante o senhor estar presidindo esta Sessão de homenagem aos 70 anos do
PTB. Mas quero, antes de cumprimentar a Mesa, dirigir-me ao Ver. Cassio
Trogildo, agradecendo-lhe por permitir esta homenagem da Câmara Municipal de
Porto Alegre num momento em que temos que, cada vez mais, falar sobre o significado
dos partidos políticos no nosso País, para que haja o fortalecimento da
democracia e nenhum retrocesso, porque esses partidos têm história. Venho aqui,
em nome do PCdoB – e o Maroni também já se pronunciou –, partido que tem 93
anos; o PTB tem 70 anos; depois vem o PSB com 68 anos; fiz essa retrospectiva
dos partidos mais antigos para começar a cumprimentá-los também. Quero
cumprimentar o Deputado Maurício Dziedricki, Presidente Metropolitano do PTB; o
Deputado Estadual Ronaldo Santini; o Delegado Ranolfo Vieira Júnior; o Carlos
Vargas e o Everton Braz, a quem me refiro agora, porque muito trabalhamos
juntos quanto ele era da bancada, através da participação do Zambiasi, e eu,
Deputada Estadual. Foram muitos momentos importantes da história, naquele processo
histórico na luta pela redemocratização, inclusive, do nosso País. E também só
agora me refiro à Tanize Pazzim, Presidente do PTB Mulher Metropolitano, pelo
significado da presença dela, pelo significado de nós, mulheres, na luta
histórica dos nossos partidos, que ainda passam por muitas dificuldades, mas
firmes, sempre, para o reconhecimento do significado da participação da mulher.
Quero cumprimentar todos os militantes que estão aqui, muitos companheiros de
anos, na luta das mulheres, na luta popular, na luta comunitária, na luta
sindical, inclusive, na luta da juventude, porque um dia nós todos fomos
jovens. São companheiros de anos por essa retomada da democracia no Brasil,
contra o regime ditatorial. Venho de uma etapa história em que meus avós, em
que meus pais me orientaram exatamente a votar no PTB - pela clandestinidade do
nosso partido -, porque ali tinham homens e mulheres que, naquele momento,
representavam, sem dúvida, o que de mais avançado existia para que nós,
comunistas, na ilegalidade, pudéssemos depositar o nosso voto de confiança para
fazer o nosso País avançar. Quero também dizer das muitas lutas do PTB Mulher,
de décadas, por nenhum direito a menos e muitos direitos a mais. E lembrar
aqui, Vereador, pois V. Exa. também foi delegado, a última Conferencia das
Cidades, o significado do papel dos companheiros liderados pelo companheiro
Nenê. Quero fazer essa referência no sentido de construirmos – o que agora será
uma realidade – o Conselho Municipal da Cidade de Porto Alegre. Isso é história
do passado e do presente no sentido de garantir essa participação popular. Há
partidos que têm essa história, e, Oxalá, cada vez mais nós entendamos a
necessidade de uma frente ampla pela democracia em defesa da soberania do
Brasil, para que possamos avançar em mais desenvolvimento para esta Nação.
Parabéns!
O Sr. Idenir
Cecchim: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Cassio
Trogildo, as pessoas devem sempre estar no lugar certo e na posição certa. E V.
Exa., neste ano, está como Líder da Bancada do PTB, no ano que vem, como
Presidente da Câmara. Que bom que V. Exa. propôs esta homenagem ao PTB, mas não
é ao PTB, a sigla, é homenagem ao Ver. Paulo Brum, que hoje está presidindo.
Queria cumprimentar o Presidente Mauro Pinheiro por fazer essa deferência
merecida ao PTB do Ver. Maurício Dziedricki, meu colega de Secretariado e de
Câmara, querido companheiro; ao PTB do meu irmão Everton; ao PTB do Carlinhos;
ao PTB do meu conterrâneo Santini, que é de Ibiraiaras, às vezes, a gente se exibe
que é de Lagoa de Nova Prata, mas somos de Ibiraiaras; PTB do meu amigo
Ranolfo, grande, a segurança tem saudade de V. Exa. também; e da Sra. Tanize
Pazzim – tem muito Pazzim em Ibiraiaras, devem ser parentes. É o PTB do
Zambiasi, do Manfroi, do Brasinha, do Casartelli, do Sabino, de tantas pessoas
que são amigas. Fazer uma homenagem solene a amigos fica até difícil, mas nós
ficamos muito orgulhosos de poder fazer isso olhando para cada um e dizer que
estamos homenageando um partido de amigos, um partido de parceiros, um partido
que se entrega para o bem do serviço público.
Então, Ver. Cassio Trogildo, quero cumprimentá-lo;
cumprimentar a todos os militantes do PTB que aí estão; cumprimentar a todos
petebistas do Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil. Setenta anos são muitos
anos de militância e de serviço. Parabéns.
O Sr. Waldir Canal: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Parabéns, Ver.
Cassio Trogildo, pela iniciativa, homenagem muito bem proposta por V.
Excelência, setenta anos de vida do partido do qual também já militei em
Sapucaia do Sul. V. Exas. conhecem muito bem o Scopel, o Barbosinha, toda
aquela turma de Sapucaia do Sul que sempre trabalhou pelo PTB. Eu sou do PRB, o
meu partido tem dez anos de vida. Eu quero parabenizá-los, nominando V. Exas.:
o nosso Presidente, Ver. Paulo Brum, que dirige esta homenagem; o Deputado
Maurício Dziedricki, que foi nosso colega; o Deputado Santini, Presidente do
PTB Metropolitano; o Everton, Diretor do DEMHAB; o Delegado Ranolfo Vieira, que,
quando eu era Vereador em Sapucaia do Sul, ele era da Policia Civil de São
Leopoldo, volta e meia passávamos por lá, porque a política naquela região é
bem “pegada”; a Tanise Pazzim, Presidente do PTB Mulher Metropolitana. O PTB é
partido que tem uma importância muito grande no Brasil, aqui no Estado do Rio
Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre. Os nossos parabéns, vida longa ao
PTB, que, com certeza, nesses 70 anos de vida, Presidente Maurício, deixou e
continuará deixando as suas contribuições pelo nosso Brasil afora. Parabéns a
todos. (Palmas.)
O SR. CASSIO TROGILDO: Obrigado, Ver. Waldir
Canal. Este é um momento de homenagem, um momento de celebração, e queremos,
sim, celebrar o nosso PTB, celebrar a história recente do nosso PTB, o PTB da
atualidade, mas, acima de tudo, celebrar a grande militância do Partido
Trabalhista Brasileiro que hoje está aqui o representando nesta Casa, que faz a
história deste partido, há muito tempo, e que sustenta essa bandeira pelas ruas
de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e do nosso País. Neste momento em que no
Congresso Nacional se fala tanto dos direitos trabalhistas, inclusive, Ver.
Clàudio Janta – o senhor que é Presidente da Força Sindical do Rio Grande do
Sul –, na retirada de direitos trabalhistas, eu não poderia deixar de
ressaltar...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Cassio
Trogildo prossegue a sua manifestação, a partir deste
momento, para uma Comunicação de Líder.
O SR. CASSIO TROGILDO: Não poderia deixar,
Ver. Clàudio Janta, neste momento em que se fala tanto na retirada de direitos,
de ressaltar o nosso Presidente Paulo Brum, nossos Deputados da Assembleia,
Maurício Dziedricki e Ronaldo Santini. A aprovação da emenda do nosso Deputado
Federal, Carlinhos, a emenda que o Deputado Arnaldo Faria de Sá aprovou à
Medida Provisória nº 664/14, que dá alternativa ao trabalhador na hora da
aposentadoria, Ver. Márcio, de aplicar a chamada regra 85/95, em vez do
famigerado Fator Previdenciário. Então, há que se destacar que, frente a toda
essa possibilidade de perda de direitos, essa talvez tenha garantido o semestre
dos trabalhadores. Então, fica aqui a nossa homenagem ao PTB. Vida longa ao
PTB! Vida longa à militância do Partido Trabalhista Brasileiro! Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Waldir Canal
assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Waldir Canal): O Ver. Kevin
Krieger está com a palavra em Comunicações.
O SR. KEVIN KRIEGER: (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Queria, em nome do
ex-Prefeito, nosso Ver. Guilherme Socias Villela; da Ver.ª Mônica Leal, nossa
Líder da Bancada, e do Ver. Nedel, parabenizar os 70 anos do PTB. Fiz questão,
Maurício, de ir a minha sala buscar o livro do meu avô - o Senador Daniel
Krieger- , pois me lembrei que nas últimas páginas – vai ser um pouco difícil
de eu ler, porque a letra do Dr. Getúlio Vargas não é tão simples de entender
-, o meu avô coloca essa carta do Dr. Getúlio Vargas ao meu bisavô, o pai do
Senador Daniel Krieger, em 1923 e diz assim. (Lê.): “O momento é urgente, as
coisas complicaram-se demais. Mais do que nunca, espero esse esforço da tua
dedicação e lealdade.” Chamando as tropas para lutarem lado a lado com Getúlio
Vargas. Então, isso demonstra, Villela, a história do PTB e demonstra, também,
a história dos outros partidos. Demonstra a história dos cidadãos do Rio Grande
do Sul. Em cima disso, eu quero, mais uma vez, parabenizar o Ver. Cássio, que
propõe essa homenagem e dizer para nós do PP – e, depois, o meu avô, o Senador
Daniel Krieger, veio a ser adversário do PTB muitas vezes sim, na ARENA, na
UDN, mas tiveram diálogo e construíram sempre, nunca deixaram as pontes
quebrarem.
Então, eu
trago essa história, Carlos Vargas, porque ela é muito importante e ficou
gravada, inclusive, no livro do meu avô, o Senador Daniel Krieger, e nos traz
muito orgulho. O Ver. Villela também fez questão de dizer: “Kevi, não esqueça
do Alberto Pasqualini, que, também, era um grande orientador do PTB”.
Então,
Maurício, que és Presidente Municipal do PTB, quero desejar vida longa ao PTB.
Estivemos reunidos, se não me engano, na semana passada, trocando uma ideia,
conversando, o Partido Progressista e o Partido Trabalhista Brasileiro,
discutindo Porto Alegre. Eu disse naquela reunião – Ver.ª Mônica, infelizmente,
não estavas conosco porque tiveste de ir com o Governador José Ivo Sartori
fazer a travessia para Guaíba – que em muitas coisas o PP de Porto Alegre se
espelhou no PTB, dentre elas a forma de fazer militância na comunidade. Hoje, o
PP tem sua militância na comunidade, tem sua militância no Orçamento
Participativo e dialoga frequentemente com as lideranças do PTB que, inclusive,
são reconhecidas. Então, conseguimos construir essa história na comunidade de
Porto Alegre muito se espelhando em como o PTB formou as suas lideranças. E o
próprio PDT, Nereu, que também tem muita liderança na comunidade de Porto
Alegre.
Então, os nossos parabéns, o nosso reconhecimento,
o nosso carinho e o desejo de vida longa ao PTB, ao Cassio, ao Casartelli, ao
Brum e ao Sabino. Quero fazer um agradecimento especial pela liderança do
Cassio, no PTB. E eu brinquei, Maurício, esta semana, e disse para o Casartelli
que a liderança da saúde já estava com ele inserida nesta Casa e ao Paulo Brum
também o nosso apreço e o nosso carinho por estar nos ajudando muito nessa
difícil missão que é a liderança da base do Governo. Muito obrigado e parabéns
a todos vocês!
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Paulo Brum reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)
Quero cumprimentá-lo, Cassio, por trazer este tema, por fazer esta homenagem ao
Partido Trabalhista Brasileiro. Eu gostaria de pontuar algumas questões. Claro
que nós, quando falamos do período Vargas, não falamos em ditadura, porque a
gente não gosta dessa palavra, mas também não se fala muito em democracia, fala-se
muito mais em feitos, porque o período era outro. O que muitas vezes nós
lamentamos é que as pessoas fazem uma avaliação do passado imaginando o
presente. Então, a pessoa do Presidente Getúlio Vargas, num determinado período
da vida, foi realmente um grande líder e esteve muito só. E foi muito valente!
Levou o País com braço firme, porque aquela época assim exigia. Temos feitos
que, sinceramente, precisam ser e serão eternamente louvados, que é a
valorização do trabalhador, o próprio reconhecimento da CLT; outro marco
importante de Getúlio Vargas é o voto da mulher. A mulher começou a votar com
Getúlio. Às vezes as pessoas dizem: “Ah, um ditador”. Mas um ditador que deu
oportunidade às mulheres de votar. Tenho um amigo muito querido, de nome Waldir
Linck Barcelos, acho que ele foi colega de infância de Getúlio Vargas, mas ele
diz que não, ele esconde a idade. O Waldir conta algumas passagens do período:
lá pelas tantas, o Getúlio, como Presidente, nomeava os interventores nos
Estados – aqui no Rio Grande do Sul não preciso dizer que é complicada a coisa
–, e os gaúchos começaram a reclamar porque ele tinha nomeado um representante
que não era gaúcho. Naquele período, segundo Waldir Linck Barcelos, as coisas
demoravam muito, e os gaúchos levavam mensagem para o Getúlio a todo instante,
e o Getúlio dizia: “Acalmem-se, porque, quando der, eu para o Rio Grande”.
Vindo para o Rio Grande, o Getúlio participa de uma reunião – ele seguidamente
me conta isto, ele tem uma facilidade para imitar o Getúlio, o Waldir Linck
Barcelos, quem conhece sabe – e, da sacada de um hotel antigo aqui de Porto
Alegre, do qual me foge o nome agora, faz um pronunciamento da seguinte forma:
“Se um filho do Rio Grande do Sul pode governar o Brasil, por que um filho do
Brasil não pode governar o Rio Grande do Sul?”. Vou repetir, porque é algo
extremamente comovente; ele foi à tribuna e disse àquele povo todo, e foi
ovacionado, com aquele seu jeito, aquele seu particular gesto, aquela voz que
todos nós, quando ouvimos as gravações do passado, conhecemos: “Se um filho do
Rio Grande do Sul pode governar o Brasil, por que um filho do Brasil não pode
governar o Rio Grande do Sul?”.
Meus prezados colegas, amigos do PTB, quero
cumprimentá-los todos, e é verdade o que disseram aqui vários colegas que se
pronunciaram: os senhores se diferenciam pela unidade. Parabéns a todos!
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Márcio Bins Ely.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu não podia me
furtar, no dia de hoje, de estar aqui falando nesta justa homenagem que a Casa
faz aos 70 anos do PTB. O Ver. Cassio foi humilde aqui ao dizer que o PTB deu o
melhor presente aos trabalhadores neste semestre. Quero dizer a V. Exa. que o
PTB deu o melhor presente para os trabalhadores nos últimos dez ou quinze anos,
através do Deputado Arnaldo Faria de Sá, na semana passada, por ter acabado com
o famigerado fator previdenciário. Quero agradecer, em nome de todos os
trabalhadores brasileiros, em nome da Força Sindical, a Central que presido
nacionalmente, em nome de todos os Sindicatos filiados à Força Sindical, o
presente que o PTB deu a todos os trabalhadores, porque o fator previdenciário
destrói os trabalhadores, e agora, graças à emenda do Deputado, nós vamos ter o
fator 85/95. As pessoas, quando olham 85/95, se assustam, mas perto do que era,
como diz a gurizada, é uma boa. O cara tem lá seus 60 anos, trabalhou 35, aposenta-se;
tem seus 59 anos, trabalhou 36, aposenta-se, assim vai indo, então isso permite
que a gente se aposente. Do jeito que estava, ninguém mais ia se aposentar,
cada vez a gente teria que trabalhar mais e adquirir mais idade.
Esse PTB foi quem nos deu a Petrobrás. As pessoas
falam muito em CLT, a gente fala muito nos direitos que o Getúlio nos deu, mas
Petrobras, Eletrobras, IBGE, o que existe no Brasil em termos de estrutura quem
nos deu foi o PTB através de Getúlio Vargas. Foi ele quem nos deu essa empresa
que estão tentando destruir, tentaram de tudo mas não conseguiram. Nós vamos
reerguer a Petrobras, ela vai voltar a ser a maior petrolífera deste mundo; a
Eletrobras vai conseguir fazer a distribuição de energia neste Brasil inteiro,
esse é seu papel. E foi Getúlio que construiu essas empresas. Foi Getúlio que
construiu uma consolidação de leis que permite, mesmo não atualizada, que até
hoje os trabalhadores tenham o seu alicerce – não digo nem proteção, mas
alicerce. A partir da CLT é que a gente parte para buscar mais vantagens e
conquistas, mas sempre mantendo os direitos.
Então, nestes 70 anos, eu quero saudar aqui o
Cassio, o Casartelli, o Sabino, o Paulo Brum, o Brasinha, que muito nos fazia
sorrir nesta Casa. Quero dizer que o PTB ajudou a construir este País lá nas décadas passadas e atualmente tem ajudado a construir este
Estado, tem ajudado a construir este Município, tem nos mostrado como se faz
uma política coesa. O PTB, nesta Casa, tem dado exemplo de uma bancada coesa,
uma bancada que trabalha unida; seus Líderes têm demonstrado isso no Estado,
têm demonstrado no Brasil como é que se mantém um partido. Eu trago aqui um
abraço de todo o meu partido, trago aqui um abraço do Presidente nacional do
nosso partido, que foi candidato à Vice pelo PTB junto com o Ciro Gomes. Vida
longa ao PTB! Que sempre esteja do lado dos trabalhadores, sempre lutando para
melhorar a vida dos trabalhadores, sempre lutando para que os trabalhadores
tenham muita dignidade, tenham sempre seu emprego e que a gente tenha sempre as
empresas para darem esses empregos. Que o capital e trabalho andem juntos e que
a gente esteja sempre junto buscando melhorar esse trabalho, que a gente sempre
esteja junto buscando que mais empregos se estabeleçam em Porto Alegre, no Rio
Grande do Sul e no Brasil. Vida longa ao PTB! Que, com muita força, fé,
solidariedade e trabalhismo, a gente construa um grande Brasil. Muito obrigado,
Sr. Presidente. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Convidamos o
Ver. Cassio Trogildo, Líder da bancada do PTB, a proceder à entrega do Diploma
alusivo aos 70 anos de fundação do Partido Trabalhista Brasileiro ao Deputado
Estadual Maurício Dziedricki, Presidente do PTB Metropolitano.
(Procede-se à entrega
do Diploma.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Deputado
Estadual Ronaldo Santini, 1º Vice-Presidente da Assembleia Legislativa, neste
ato representando a instituição, está com a palavra.
O SR. RONALDO SANTINI: Boa tarde, inicialmente, quero fazer uma saudação muito carinhosa ao Sr.
Presidente Ver. Paulo Brum, meu correligionário, companheiro partidário,
vizinho, moramos no mesmo edifício, na Tristeza; aproveito para saudar o
Delegado Ranolfo, nosso sempre companheiro e também Chefe de Polícia aqui do
Estado; a Presidente do PTB Mulher, Metroplolitana, Tanize Pazzin, e em seu
nome quero saudar todas as companheiras mulheres que estão aqui prestigiando o
nosso ato hoje, nós temos no PTB Mulher uma atuação muito forte. Quero saudar o
meu líder partidário, meu amigo, meu colega, o Deputado Maurício Dziedricki,
que está na função de líder de todos nós na Assembleia Legislativa,
desempenhando um grande trabalho na defesa das nossas causas e dos nossos
ideais, meu amigo e companheiro, iniciamos a nossa vida de trabalho no PTB,
praticamente juntos, há mais de 20 anos, quando começamos como estagiários,
quando iniciamos a nossa vida profissional junto com o Everton, hoje Diretor do
DEMHAB, e com o Carlinhos Vargas, que, na época, trabalhava conosco naquela
bancada. Sr. Presidente, Ver. Paulo Brum, falo aqui em nome do Parlamento
gaúcho, de 55 deputados estaduais. Quero parabenizar o Ver. Cassio Trogildo e
toda a Bancada do PTB pela iniciativa, e dizer que o nosso Parlamento, a nossa
Assembleia Legislativa também traz aqui e confere o reconhecimento aos
relevantes serviços pelo PTB em nível estadual e nacional. Ocupar hoje a
Vice-Presidência da Assembleia, representado a nossa sigla, é uma missão muito
nobre agregada à minha vida. Ouvi atentamente os apartes, ouvi as falas e o carinho
que recebemos de todos os colegas Vereadores que se pronunciaram aqui neste
momento. Passa um filme na cabeça da gente e isso até emociona quando se traz
aqui a história dos comícios. Realmente, passa um filme, porque todos, todos,
de uma certa forma, tiveram no PTB algum tipo de convívio, de convivência no
seu passado, através dos seus pais, das suas famílias, seja em campos opostos
ou lutando lado a lado, mas todos passaram por alguma experiência com o PTB.
Quando falaram aqui em unidade partidária que nós temos, é interessante esta
situação, meu caro Presidente Maurício, porque a gente percebe aqui, neste
plenário, seja na plateia ou aqui dentro, que todos passaram, iniciaram a sua
atividade de baixo, como se diz, iniciaram a construção do partido e o
movimento de luta estudantil, ou como estagiários. São tão unidos que chegam a
se casar entre si, Tanize, Viviane, que está aqui, de tanta unidade que há
nesta família petebista. É uma família, é uma família! E como uma boa família,
com as suas divergências, às vezes, com as suas rupturas internas, mas que
sempre sai de forma unida, e me orgulha muito fazer parte dessa família
petebista. Por isso, estou muito feliz em estar aqui hoje representando o nosso
Parlamento gaúcho, a nossa Assembleia Legislativa do Estado, e trazer, em nome
dos 55 Deputados, o nosso abraço e vida longa a esse partido que tanto fez e
que ainda tanto há de fazer pelo Estado.
Era isso, quero fazer
apenas um aparte para que não fique um mal-entendido aqui, quando o Ver.
Marcelo Sgarbossa diz que eu sou de Lagoa Vermelha, Everton, e o Ver. Idenir
Cecchim diz que eu sou de Ibiraiaras, muitos podem pensar que eu sou daqueles
que digo que nasci em todas as Cidades do Rio Grande do Sul, mas não. É que,
quando o meu pai iniciou a vida com a minha mãe, a chácara, o sítio que eles
foram cuidar, Ver. Mônica Leal, era na cidade de Ibiraiaras; a casa ficava na
divisa do Rio Ibiraiaras. Então, se eu fui fabricado em casa e não na roça,
como era naquela época, então, eu sou fabricado em Ibiraiaras e registrado em
Lagoa Vermelha. Por isso, essa conclusão. Obrigado a todos. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Obrigado, Deputado. Encerrando o nosso ato
solene, o Sr. Maurício Dziedricki, Deputado Estadual, está com a palavra.
O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Excelentíssimo Sr. Presidente, nobre colega Ver. Paulo Brum; esta é uma
tribuna que traz um peso, um reconhecimento, mas, sobretudo, traz uma
responsabilidade muito grande, da qual, hoje, me renovo, em poder aqui estar, ainda
mais sendo o condutor, sendo o Presidente de uma agremiação partidária que
comemora 70 anos de fundação. E poder fazer isso, representando o meu partido
de Porto Alegre, me dá orgulho poder também compartilhar com a representação
aqui do primeiro Vice-Presidente da Assembleia Legislativa, o nobre colega
petebista Ronaldo Santini, que muito orgulha a inovação e a nova forma de
encarar a política do Estado e da participação que o PTB tem a contribuir na
elevação daquilo que nós cremos, que é a política com solidariedade. Sr.
Diretor-Geral do DEMHAB, meu querido Everton Braz; meu querido irmão e
companheiro Delegado Ranolfo Vieira Junior; querido irmão e companheiro
Carlinhos Vargas; minha querida presidente Tanize Pazzim, representando a nossa
organização do PTB Mulher da Capital. Faço também uma referência muito especial
ao presidente Pedrinho, que representa a nossa Juventude Trabalhista e a todos
os companheiros e companheiras militantes dessa bandeira, dessa agremiação que
fizeram com que hoje nós pudéssemos consolidar uma política enraizada nos
movimentos sociais, sindicais, comunitários e empresarias, alçando aqui o berço
trabalhista e a forma de vociferar e de radicalizar o carinho, a atenção e a
dedicação que nós temos para construir inovação da política com resultados
solidários e com efetivo cumprimento do dever de ser transparente, de ser
verdadeiro. Isso muito me orgulha porque materializa o sonho que vi aqui
dividido pelos Vereadores Maroni, Sgarbossa, companheiro Nereu D’Avila, Carlos
Henrique Casartelli, Sabino, companheira Jussara Cony, meu querido amigo
companheiro Idenir Cecchim, Waldir Canal, Kevin Krieger, Janta e Bernardino.
As palavras de vocês
nos dão motivo para continuar esse crescimento que começou e se organizou,
sobremaneira, com a atuação da figura histórica de Getúlio Vargas, contribuindo
com o legado, legado trabalhista, um portfólio que nós emprestamos à sociedade
gaúcha, à sociedade brasileira, como exemplo de disciplina do que é a
democracia, independentemente do período que tenhamos vivido. Mas essa
participação se dá também com a modernização dos nossos quadros, e faço aqui um
registro muito especial à figura do nosso sempre Senador Sérgio Zambiasi, que
contribuiu com a formação e com uma bandeira que marca a solidariedade e o
gesto cívico de nós estendermos a mão ao próximo. Sem esses companheiros que
hoje nos prestigiam aqui, nós não poderemos saudar os Secretários Elói
Guimarães, o Fernando Ritter, Everton Braz, Humberto Goulart, Artur Veiga, Ilza
Berlato, William Tempel, Carlos Siegle e Cleber de Paula. Sem militância e
dedicação à causa comunitária, à causa que nós representamos, à causa e às
bandeiras em que cremos, nós não faríamos o PTB grande que temos hoje.
E é por isso que eu
deixo para o final a grande homenagem ao Ver. Trogildo, proponente deste
evento, desta cerimônia e deste reconhecimento, porque, aqui, está
materializada a sociedade porto-alegrense. São homens e mulheres, Vereadores e
Vereadoras, que dedicam a sua vida e a sua devoção a trabalhar para uma Porto
Alegre melhor, uma Porto Alegre mais justa, igualitária e humanitária. São
vocês, são os senhores e as senhoras que motivam a crença dos dirigentes
partidários em fazer política, cada vez mais, renovando as esperanças de um
novo tempo para a nossa gente.
E é esse o sentimento
que nutre o PTB de Porto Alegre, o PTB do Rio Grande do Sul, para continuarmos
investindo nas pessoas, sendo corretos, sendo justos, e crendo que, quando
estamos juntos, e olhamos para o resultado, vencemos qualquer barreira, qualquer
dificuldade, qualquer obstáculo.
Parabéns, Ver. Cassio
Trogildo, parabéns, Ver. Casartelli, Elizandro Sabino, Paulo Brum, pela grande
homenagem que prestigia o PTB da capital. Quero deixar, aqui, esta esperança
renovada, e que os 70 anos sejam, apenas, o início de uma grande caminhada.
Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Obrigado, Ver.
Maurício, Presidente Metropolitano do PTB. Encerramos este momento de homenagem
aos 70 anos do PTB, agradecendo a presença de todos aqui.
O Ver. Mauro Pinheiro
está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Pablo
Mendes Ribeiro está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver.
Waldir Canal está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver.
Rodrigo Maroni está com a palavra em Comunicações.
O SR. RODRIGO
MARONI: Boa tarde, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, ativistas
que estão aqui nas galerias, funcionários da Câmara, público que nos assiste na
TVCâmara; muito nos honra acompanhar o trabalho diário daqueles que procuram
transformar um pouco a vida da sociedade e do Município de Porto Alegre.
Eu queria iniciar a minha fala dizendo que eu acho
que, antes de defendermos a população, temos que entender o funcionamento da
Câmara de Vereadores. E mais importante, muitas vezes, do que o trabalho dos
Vereadores é o trabalho dos funcionários da Casa. Eu estaria aqui se o pedido
viesse das pessoas da comunicação, que sei que trabalham bastante; estaria aqui
se os meus amigos da Guarda Municipal precisassem, e eles me conhecem, sabem
que nos tornamos amigos e, mais do que qualquer coisa, colegas de trabalho,
porque é assim que eu enxergo; assim como estaria aqui se o pessoal da limpeza
e da faxina precisasse.
Hoje eu subo aqui, fundamentalmente, para falar de
um trabalho que é determinante não só para a Câmara Municipal, mas para a
sociedade, para Porto Alegre, para o conhecimento do trabalho que se tem aqui,
sendo, talvez, um dos trabalhos mais minuciosos e detalhistas que existem, que
é o trabalho da taquigrafia. Ontem, eu comentava com a Lílian e com a Míriam
que eu, talvez, não tivesse capacidade de cumprir esse papel tamanho o
empenho e tamanha a dedicação que tem que se ter. A taquigrafia, hoje,
precisa da atenção dos Vereadores. Aqui estão as meninas, que eu nem tinha
visto que tinham subido para me ouvir.
Ver. Villela, tu, como meu amigo, eu quero que... A
gente tem um apelo aqui em nome da taquigrafa. São, hoje, 36 funcionárias, que
fazem um trabalho fundamental, ficando aqui até a noite, até o horário que
precisar. Elas têm que estar no detalhe, ali, acompanhando, e o tempo delas é
muito pequeno. Imaginem que nós temos todo o tempo para pensar sobre a fala; e
elas não, elas têm que, uma sobre a outra, anotar tudo o que os Vereadores
falam. Hoje, elas estão num período de dificuldade. Para vocês terem ideia, são
R$ 12,00 a diferença que tem, hoje, entre o nível médio e o nível superior aqui
na Câmara. Se há cinco vagas de concursadas que não foram chamadas, Mônica
Leal, precisamos levar esse assunto à reunião de Líderes para que sejam
chamadas, ainda mais porque há três pessoas para se aposentar. Elas são um
setor da Câmara dos mais importantes, elas trabalham tanto quanto os outros
setores e não recebem a gratificação que os outros setores recebem, e elas têm
que ser valorizadas. Quero dizer que estarei empenhado, a partir de ontem,
quando falei com elas, em conversar com os Vereadores e com o Presidente, para
pedir que haja igualdade entre os setores, porque hoje elas não têm essa
igualdade. Terei, nas próximas semanas, este assunto como uma das minhas
prioridades de trabalho.
Também quero comentar que encaminhei uma homenagem
à Palmira Gobbi, a pioneira na defesa dos direitos dos animais no Rio Grande do
Sul. Apresentei um projeto para criar o dia da consciência animal, a ser
comemorado no dia 4 de abril, porque essa senhora nasceu no dia 4 de abril de
1909. É fundamental que, aqui em Porto Alegre, as pessoas tenham consciência da
importância dos animais, saibam dos problemas pelos quais os animais passam e
da importância da preservação da natureza. Esse dia será fundamental, e eu
espero contar com os Vereadores para aprovação desse projeto.
O Sr. Clàudio
Janta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Rodrigo
Maroni, eu conclamo V. Exa. a se somar para que acabemos, nesta Casa, com as
gratificações e criemos um plano de cargos e salários. Não adianta
distribuirmos gratificações ao bel prazer. Desde que cheguei a esta Casa, votei
contra todas as gratificações que vieram para votação no plenário. É inadmissível
que as pessoas que entram nesta Casa por concurso público de nível superior
sejam equipadas a quem entrou por concurso de nível médio. É inadmissível isso!
Mas isso vai se corrigir com um plano de cargos e salários. Acho que a Casa tem
a obrigação – nós, Legisladores, junto com os funcionários e o Sindicâmara – de
sentar e criar um plano de cargos e salários. Somente com isso nós vamos acabar
com essa discrepância, com essa diferença que existe entre os salários. Senão
nós vamos continuar criando gratificações para alguns setores ou grupos. Nós
temos que criar um plano de cargos e salários aqui na Casa, que beneficie a
todos os funcionários.
O SR. RODRIGO
MARONI: Obrigado, Ver. Clàudio Janta. Para finalizar, quero dizer que,
independente da solução, seja através de gratificações – porque, em princípio,
não sou contra as gratificações –, ou através de um plano de cargos e salários,
o que se tem é que escutar a Taquigrafia para tentar achar uma solução. Não
adianta falar aqui em defender trabalhador – e não estou me dirigindo ao
senhor, Janta, porque sei que o senhor trabalha para isso de forma sindical –,
em defender a população, se não conseguimos nem enxergar os colegas de
trabalho, que estão aqui há muito mais tempo do que nós, que estão aqui todos os
dias e trabalham muito mais do que muitos Vereadores. Então, é prioridade
escutar e construir com eles a solução, aí passa a se ter um princípio, de
fato, democrático. E, para isso, temos que estar à disposição. (Palmas.)
Para reforçar a questão do dia da consciência
animal, quero dizer que vai ser muito importante. Muito obrigado. Um bom final
de semana a todos, e vamos estar sempre juntos, seja com a Taquigrafia, seja
com o pessoal da Comunicação...
(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr.
Presidente, Ver. Paulo Brum; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; como não tive
acesso ao texto do projeto de lei do Ver. Marcelo Sgarbossa que trata do
adiamento da implantação da lei da retirada das carroças, apenas li reportagem
no jornal Diário Gaúcho de hoje e matéria no próprio site da Câmara, não vou me manifestar ainda sobre este projeto de
lei, que tem a possível intenção de tentativa de adiar a lei em vigor de
implementação da retirada de carroças e carrinheiros em Porto Alegre, que já
está na fase final, entrará em junho para a conclusão da implementação dessa
lei. No entanto, fui eleita devido à luta pela causa animal e participei da
construção, aprovação, sanção e regulamentação dessa lei na Capital e a
primeira lei no País que retira as carroças, retira carrinheiros e promove a
inclusão social. Essa lei foi muito bem defendida aqui na Câmara pelos
Vereadores pelo hoje Vice-Prefeito Sebastião Melo e pelo nosso amigo e
ex-Vereador Beto Moesch, num período que levou anos e que nos deu a
oportunidade de discutir com a sociedade, com as associações de bairro,
associações de carroceiros, os protetores e as organizações não governamentais.
Foi uma lei amplamente discutida em mais de uma audiência pública, em comissões
especiais, e, depois de aprovada, ainda tivemos que lutar para derrubar uma
ação de inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, com
êxito, porque os desembargadores e o Prefeito Fogaça entenderam que, mesmo a
lei não sendo constitucional, era boa para os cidadãos e as cidadãs, os
carroceiros e as carroceiras, os carrinheiros e as carrinheiras, e, também,
para o fim dos maus-tratos aos cavalos. Também não podemos dizer que essa lei
está plenamente implementada em todas as zonas já proibidas; não está! Não
está, mesmo com o financiamento de R$ 9 milhões no BNDES e de R$ 9 milhões de
compromisso da Prefeitura para a implementação dessa lei, com a transferência
desses trabalhos, que, na verdade, não são trabalhos, porque carrinheiro e
carroceiro não é considerado uma profissão, como bem disse o ex-Prefeito de
Curitiba. Temos que tirá-los da cidade, promovendo-os para outras atividades. A
Prefeitura vem fazendo o seu programa e não há contento, por isso, nós, devido
a tantas denúncias de casos de circulação em zonas proibidas, auxiliamos com
denúncias na Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística,
no Ministério Público, e há um inquérito civil em andamento, sim, que poderá
esperar até junho ou não, depende da avaliação dessa promotoria, que é para o
cumprimento real. Afinal, se há recursos, por que não foram implementados?
Então, essa lei do meu colega Ver. Sgarbossa, não vem a serviço da Cidade, vem
tentar prorrogar ainda mais a transferência de carrinheiros para permanecer...
Ora, já foi aprovado, já foi aceito pela sociedade.
A nossa Cidade é uma capital, portanto, nós temos
que promover melhores trabalhos para as pessoas, e há essa chance com cursos
variáveis, e para aqueles que realmente não têm condições de se agregar a um
novo mercado de trabalho, entra o lado social, o lado da saúde, o lado de
acompanhamento. Nós temos ouvido bastante as defesas do programa Todos Somos
Porto Alegre, que justificam que 1.355 famílias foram cadastradas, com 2.059
pessoas, com indenizações a 165 carroceiros, com 138 carroças, 108 cavalos e 13
carrinhos. E 780 pessoas já participaram das qualificações recebendo uma bolsa
auxílio. Mas, agora, apareceu uma nova associação, que não existia na época –
se existisse nós saberíamos –, a Associação do Centro Histórico, que vem
reivindicar essa postergação em reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente.
Também quero salientar que nós não vamos aceitar prorrogação, vamos usar todos
os recursos judiciais, porque essa lei já está em vigor. E mais: a Constituição
Estadual...
O Sr.
Professor Garcia: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da
oradora.) Quero fazer só um aparte para contribuir com o seu raciocínio,
Vereadora. É que a Associação Comunitária do Centro Histórico é presidida pelo
Sr. Paulo Guarnieri, funcionário do Ver. Marcelo Sgarbossa.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Bem, se já é funcionário do Vereador, ele está trazendo essa nova
atividade. Mas nós não vamos retroceder, nós não podemos ter uma Cidade que
retroceda, que seja chamada “cidade das carroças”, como Porto Alegre era
chamada. E nós não trabalhamos um mês, nós trabalhamos, como voluntárias, desde
2003, para a lei ser aprovada em 2008! Se não fosse a defesa do Vereador na
época, Sebastião Melo, essa lei, e mais os Pares aqui que também concordaram...
Agora nós vamos puxar para trás uma Cidade com tantos problemas, nós vamos
mexer em uma lei que está andando, que tem um inquérito civil acompanhando. Nós
não concordamos e não vamos concordar.
E mais: vamos seguir a
Constituição Estadual, que não permite que tração animal transfira e resgate o
lixo da Cidade. Para isso, nós temos galpões de reciclagem, nós temos terceirização
para retirada de lixo em vários bairros de Porto Alegre. Esse é um contexto
muito grande para trazer um presidente de uma associação, que ainda é
funcionário do Vereador, autor dessa tentativa de prorrogação, para tumultuar
uma lei que está andando, de que nós temos que prestar contas ao BNDES, porque
são R$ 9 milhões, não são R$ 9,00. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Professor Garcia está com a palavra em
Comunicações.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Presidente Paulo Brum, Sras. Vereadoras,
Srs. Vereadores, eu vou passar um vídeo, peço atenção.
Nesse sábado, eu fui convidado
pela Escola Imperatriz Leopoldina , que fica próxima ao Grêmio Náutico União,
para um trabalho de revitalização da praça. Confesso que achei que era um
evento do Município e, chagando lá, me deparei com uma coisa grandiosa: a
comunidade do entorno da praça da Escola Imperatriz Leopoldina e do
Panamericano, junto com a Diretora, cansada, resolveram limpar a praça.
(Procede-se à apresentação de
vídeo.)
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Eu gostaria que prestassem atenção. Olhem, são pais
de alunos – casais jovens – com seus filhos limpando, varrendo o fundo,
pintando, lixando os aparelhos e pintando; pintando tudo o muro da Escola lá no
fundo – inclusive, podaram árvores – numa verdadeira aula de cidadania,
mostrando que, quando a comunidade quer e é unida, é possível fazer esse tipo
de evento. Então, aqui, eu quero parabenizar a Flávia Potter, Diretora da
escola; a Marilaine, Vice-Diretora; o Jeffrey, Diretor da Pan American School;
e a comunidade, que de maneira muito interessante, deu uma bela contribuição.
Pais, na sua grande maioria pais jovens, levando seus filhos e mostrando uma
questão de resgate da cidadania. Ou seja: vamos cuidar da praça. Eu não faço
aqui nenhuma crítica ao Poder Público, que, dentro das suas limitações, tem
feito o seu trabalho, eles mesmos reconhecem as dificuldades. No mesmo dia,
inclusive, eu entrei em contato com a SMAM, que colocou lá um carrinho para a
retirada dos galhos das árvores. Esclareço que quem limpa as praças de Porto
Alegre não é o DMLU; é a SMAM.
(Aparte antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O SR.
PROFESSOR GARCIA: O DMLU faz a limpeza de outras partes. Mas a minha
preocupação mais é no sentido de mostrar a união de uma comunidade que fica ali
em volta do Grêmio Náutico União; essa praça é próxima a uma escola estadual e
a uma outra particular – Pan American – que doou as tintas, e os pais lixaram e
pintaram os aparelhos da praça. Isso não é coisa que se vê todos os dias. Acho
que temos que ressaltar as boas práticas, ações comunitárias.
Por isso venho, publicamente, mais uma vez,
parabenizar a Direção da Escola Imperatriz Leopoldina, bem como a Direção da
Pan American School. Ali há pais e há também moradores que não têm ligação com
as escolas, mas utilizam a praça, tomam um chimarrão, e eles fizeram ali um
piquenique depois – eu fiquei lá até quase o meio-dia –, mostrando que é
possível, sim, quando um grupo se reúne voltado para uma atividade. Mais uma
vez, gostaria de parabenizar a comunidade, os pais, as crianças por essa bela
demonstração de cidadania. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra em
Comunicações.
O SR. DR.
THIAGO: Presidente, Ver. Paulo Brum; caros colegas Vereadores e Vereadoras,
público que nos ouve e nos assiste pela TVCâmara; infelizmente, Ver. Janta,
chegou o dia. Nós tivemos, há dois anos, a votação, nesta Casa, do plano de
saúde dos servidores da Prefeitura de Porto alegre. A parte que garantia o
plano a partir do IPE como opção, este Vereador votou favoravelmente. Mas a
parte que acabava excluindo os servidores que menos ganham no Município de
Porto Alegre e, portanto, colocando em risco a Associação dos Funcionários
Municipais e o Hospital Porto Alegre, nós nos posicionamos contrários. Naquela
época, não havia nenhum interesse do IPE nisso. E temos que trazer aqui o que
diz, literalmente, o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Porto Alegre
, Ver.ª Lourdes – V. Exa. estava muito preocupada com este tema, inclusive me
mandou uma mensagem –, garante ao servidor público municipal um plano de saúde.
Isso está escrito! E não me venham com socializações do gênero “o SUS está tão
bom que pode acolher os servidores públicos municipais”. Não é isso, isso é
direito e garantia dos servidores públicos! Pois bem, naquele momento, não deu
o IPE, e os servidores continuaram a ser atendidos pelo Hospital Porto Alegre.
Esta semana, o convênio foi rescindido, de forma
completa, com a Associação dos Funcionários Municipais e com o Hospital Porto
Alegre. Isso condena o Hospital Porto Alegre à insolvência! A Prefeitura, a
partir desse ato, condena o Hospital Porto Alegre à falência. É isso que está
ocorrendo! Acabei de receber no meu gabinete mais 2 pacientes, Ver. Janta, que
tiveram que interromper as suas quimioterapias. Servidores públicos municipais,
como eu, que contribuíram durante toda a vida, fizeram as suas cirurgias, uma
delas fez cirurgia de câncer de mama e, agora, estava fazendo a sua
quimioterapia e foi interrompida porque o convênio terminou! Ver.ª Lourdes, não
existe outra palavra a não ser “crime”, nessa situação. Isso é criminoso! E
dizer que não tem demanda reprimida pelo SUS, que esses pacientes serão
absorvidos pelo SUS, é irresponsabilidade! Primeiro, porque o tratamento não é
o mesmo, o tratamento lá é pelo seu médico; segundo, porque existe demanda
reprimida pelo SUS; terceiro, porque isso é furar a fila! Isso, sim, é furar a
fila do SUS!
Então, nós precisamos – rogamos, desta tribuna,
mais uma vez – da sensibilidade do Executivo neste momento. O Ver. Nedel tem
falado sobre isso, o Ver. Pujol tem falado sobre isso, o Ver. Janta já se
colocou assim, a Ver.ª Lourdes já se colocou assim, e este Vereador está se
colocando assim neste momento: nós precisamos salvar o Hospital Porto Alegre!
Se ele precisa de um remodelamento na sua gestão, que se faça; se ele precisa
ter um melhor gerenciamento, que se faça; mas o Hospital Porto Alegre precisa
continuar servindo às famílias das pessoas que trabalham no Município de Porto
Alegre, principalmente àqueles profissionais – como os peões do DMAE, do DEP,
da Saúde – que certamente não terão acesso a nenhum outro plano, não irão
conseguir, Ver.ª Lourdes, migrar para esse outro plano que está sendo
oferecido, não vão conseguir migrar por condições econômicas, e vão ficar, sem
dúvida nenhuma, desassistidos.
Por favor, vamos ter a clareza e a responsabilidade
de não fechar mais um hospital em Porto Alegre, um hospital que atende ao
funcionário público municipal em Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Carlos Casartelli está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. CARLOS
CASARTELLI: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, eu pedi para utilizar a
tribuna para me solidarizar com o que o Dr. Thiago falou aqui da tribuna, sobre
a importância de que Porto Alegre não tenha nenhum hospital fechado. Sem dúvida
nenhuma que é de uma importância indiscutível. O Hospital Porto Alegre, assim
como todos os hospitais devem continuar com a sua função, com a sua finalidade
de atender ao público alvo ao qual querem atender. Isso é importante, porque
cada hospital tem o direito, salvo se ele for um hospital público, como é o
caso do Hospital Presidente Vargas, o Hospital de Pronto Socorro, o Hospital
Independência, Hospital Restinga Extremo-Sul, o Grupo Hospitalar Conceição,
Hospital de Clínicas – ele foge um pouco disso, ele deveria atender cem por
cento SUS –, mas todos hospitais públicos estatais deveriam atender unicamente
ao Sistema Único de Saúde e tem que manter essa sua função. Os demais hospitais
atendem ao público que desejarem. Isso é constitucional, é um direito que as
instituições privadas possuem.
Então, é importante que os hospitais de Porto
Alegre, diga-se de passagem, nos últimos anos, desde 2005, nenhum foi fechado,
pelo contrário, a Prefeitura de Porto Alegre, em parceria com o Ministério da
Saúde e com o Governo Estadual, conseguiu reabrir o Hospital Independência,
abrir o Hospital Restinga Extremo-Sul - completamente novo, não existia
anteriormente – e o Hospital Luterano. Então, dessa forma ampliamos o
atendimento hospital em Porto Alegre com as estruturas que foram reabertas e
com a nova estrutura do Restinga Extremo-Sul.
Com relação ao Hospital Porto Alegre, quero dizer
que é preciso que ele permaneça funcionando, mas é um hospital que não atende
ao Sistema Único de Saúde e precisa qualificar seu atendimento. Eu ouvi agora
de uma pessoa que seu familiar está internado, numa situação bastante grave de
saúde, com outras cinco pessoas. Os hospitais modernos, que atendem o SUS,
dificilmente tem mais do que quatro leitos num único quarto, todos com
banheiro. Alguns hospitais possuem quartos com três leitos.
O Hospital Porto Alegre precisa se qualificar,
precisa definir qual o público que quer atender. Quando Secretário da Saúde, eu
fiz várias ofertas de ampliar o atendimento para o Sistema Único de Saúde para
que pudesse conseguir se trabalhar melhor o seu financiamento. O que não se
pode é retirar dinheiro do Sistema Único de Saúde para o hospital filantrópico,
privado, que atende muito pouco ao Sistema Único de Saúde.
É preciso que o hospital reveja o seu planejamento
ou resolva continuar atendendo, prioritariamente, os planos de saúde a um
público que também é atendido pelo SUS, mas que não quer ser atendido pelo SUS,
prefere ser atendido por planos complementares. Então, esse hospital precisa
adequar sua estrutura para chamar esse público que prefere esse tipo de
atendimento, que é isso que eu quero dizer, afirmar, e tenho convicção disso. E
falo como alguém que não tem plano de saúde, tenho IPE porque sou servidor
público estadual, mas, senão, não teria nenhum plano de saúde. Já tive Unimed,
já tive outros planos e deixei de ter porque eu tenho convicção, tenho certeza
absoluta de que o Sistema Único de Saúde dá um atendimento qualificado para
qualquer um de nós, brasileiros. Qualquer um de nós pode ser atendido pelo SUS
sem colocar nenhum recurso a mais do que aquele que colocamos em nossos
impostos e ter o atendimento de que precisamos.
Então, sou um defensor do SUS. Eu defendo o SUS,
embora eu entenda que os servidores públicos municipais queiram um plano de
saúde, isso até foi acordado com o Simpa, o qual pediu um outro plano que não
fosse pela AFM – pediu isso para o Executivo, e o Executivo concedeu. Eu,
particularmente, discordo, e acho que o servidor público municipal deveria ser
atendido pelo Sistema Único de Saúde, porque um sistema que é público – que é
dos Governos Estadual, Municipal e Federal – não pode conceder a seus
servidores um outro tipo de assistência que não seja a assistência pelo Sistema
Único de Saúde.
O Sistema Único de Saúde já é bom, mas ele vai melhorar
ainda mais quando ele fizer o atendimento a um público cada vez maior, quando
nós tivermos a classe média, a classe alta sendo atendida prioritariamente pelo
Sistema Único de Saúde, e não utilizando o SUS apenas quando vai ao
restaurante, quando vai na farmácia. As pessoas não percebem, mas o Sistema
Único de Saúde é utilizado por 100% dos brasileiros porque todos nós
frequentamos restaurantes, hotéis e estabelecimentos onde há a presença da
Vigilância Sanitária de Porto Alegre, que é a melhor do País, haja vista,
inclusive, a epidemias de dengue que temos em todo o Brasil, e Porto Alegre,
com todas as dificuldades que existem nesta área de controlar epidemia da
dengue, consegue ter um número de casos que é infinitamente pequeno,
principalmente quando consideramos os casos autóctones. Eu defendo que os
hospitais não fechem, mas eles têm que saber a que público querem atender, e
para receber recurso público, têm que atender ao Sistema Único de Saúde.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0889/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 010/15, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que
inclui §§ 5º e 6º no art. 123 da Lei Complementar nº 395, de 26 de dezembro de
1996, e alterações posteriores, estabelecendo o atendimento telefônico durante
as 24h (vinte e quatro horas) diárias, para recebimento de notificações das
doenças de notificação compulsória imediata, e dá outras providências.
PROC.
Nº 1004/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 018/15, de autoria da Mesa Diretora, que altera o caput do art. 1º da Resolução nº 1.526,
de 22 de março de 2001, dispondo sobre a idade limite de dependente para a
concessão do auxílio-creche aos servidores ativos da Câmara Municipal de Porto
Alegre.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1177/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 012/15, que institui o Plano Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente de Porto Alegre.
O SR. DR. THIAGO: Sr. Presidente, é uma
questão de esclarecimento. Talvez eu não tenha sido entendido, ou a minha fala
não tenha ficado bem clara. Eu não quero que o Hospital Porto Alegre receba
recursos pelo SUS, a princípio. O que eu quero é que a Prefeitura de Porto
Alegre honre o Estatuto do Servidor Público, a Lei nº 133, que diz que todo o
servidor público municipal tem direito a um plano de saúde.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Muito bem,
Vereador.
O Ver. Clàudio Janta
está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, nós estamos no período de Pauta, e temos um
problema que foi trazido à tribuna pelos Vereadores Dr. Thiago e Casartelli,
que é algo que assusta a todos nós. Nós estamos na busca de leitos. Na semana
passada, esta Casa aprovou a ampliação do Hospital Mãe de Deus. Os Vereadores
desta Casa fizeram e aprovaram duas emendas. Uma delas ampliando, no Hospital
Mãe de Deus, o atendimento ao SUS. Outra, quando houver a troca de equipamentos
no Hospital Mãe de Deus, sejam destinados à Secretaria Municipal de Saúde, que
vai utilizá-los na rede pública. Então, não podemos permitir que 168 leitos –
se não engano, no Hospital Porto Alegre é esse o número de leitos – sejam
fechados em Porto Alegre. Acho que cabe a esta Casa buscar junto ao Executivo a
mediação, para que este, ao invés de estar
dando planos de saúde aos servidores municipais, que aporte esse dinheiro no
Hospital Porto Alegre. A gente sabe como é a questão do plano de saúde. Esses
planos de saúde que levam os hospitais privados a vir buscar ampliação aqui na
Câmara de Vereadores; esses planos de saúde que levam a aumentar a demanda de
espera na emergência, na urgência dos hospitais; esses planos de saúde que têm
levado as redes hospitalares privadas a aumentar a fila de espera das urgências
e emergências em 6, 7, 8, 10h até. Então, que ache uma saída para que o
Hospital Porto Alegre continue atendendo os municipários, e que o Hospital,
como disse o Casartelli, amplie o atendimento ao SUS. Nós precisamos que mais
em Porto Alegre – nós pedimos isso ao Hospital Mãe de Deus, que atendesse o SUS
-, nós estamos pedindo aos hospitais privados, filantrópicos que ampliem o
atendimento ao SUS, e que o hospital, na sua contrapartida, amplie o
atendimento ao SUS, que desses 168 leitos, destinem um atendimento maior ao SUS
na sua emergência, no seu ambulatório, que faça esse convênio com a Secretaria
Municipal da Saúde e amplie esse atendimento ao SUS. Não podemos permitir que
nenhum leito hospitalar seja fechado em Porto Alegre, e não vamos permitir.
Tenho certeza disso, que esta Casa não vai permitir, em hipótese nenhuma, que
nenhum leito em Porto Alegre seja fechado para que nós ampliemos até a questão
dos hospitais na nossa Cidade. Então, nós vimos aqui nos somar à reivindicação
do Casartelli, do Dr. Thiago, da Lourdes, do Pujol, que várias vezes já usou
esta tribuna, como o Thiago, para falar desta questão do Hospital Porto Alegre.
E para dizer que nós nos somamos a essa reivindicação e a essa luta. E também
falar sobre o projeto da Ver.ª Sofia Cavedon, Processo nº 0689, que
disponibiliza que os estabelecimentos de atendimento telefônico funcionem 24h,
para notificação de doenças compulsórias
imediatas. Hoje, como a semana passada, é um dia que nós estamos falando da
questão da saúde. A saúde em aparecido em primeiro plano em todas pesquisas de
opinião. Todos nós nos preocupamos com a questão da segurança, mas a saúde tem
preocupado muito mais a vida das pessoas. Então, com muita força, fé e
solidariedade, nós vamos procurar a saída para melhorar a saúde dos
trabalhadores e de sua família. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Muito bem, Vereador.
O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. DELEGADO CLEITON: Exmo. Sr. Presidente em exercício, colega Ver. Paulo Brum, ao qual
cumprimento novamente pelos 70 anos do seu partido, um partido de histórias e
nós, pedetistas, somos a semente desse partido; semente não, a continuidade de
uma forma de que lutamos juntos pelos trabalhadores.
Antes de mais nada, Srs. Vereadores, eu gostaria de
me adiantar e falar aos senhores que aqui não é uma crítica ao atual Governo do
Estado. Hoje, inclusive, no Piratini, o Prefeito Fortunati assinou um termo
para que possamos ter câmaras de monitoramento no Parque da Redenção e no
Parque Marinha, mas é uma situação com a qual estamos convivendo, que não é só
deste Governo, que não é só deste momento, não é só desses cinco meses, mas que
já vem há bastante tempo no percurso de outros governos.
Nós estamos vendo o
crescimento da violência no Rio Grande do Sul, especialmente, na Capital dos
gaúchos. O crescimento muito alto da violência, nós temos tido apreensões do
Denarc, de drogas em grande quantidade, nós temos visto grandes apreensões de
armas, feitas pelo DEIC, inclusive fuzis. Nós estamos vivendo fatos que, há
pouco, nós não víamos aqui.
No fim de semana passado, tentaram roubar um
soldado na frente do Exército, aqui perto da Usina do Gasômetro, tentando
tirar-lhe o fuzil, e houve também um tiroteio com passageiros dentro de um
ônibus. No Interior, invadiram uma delegacia. Assaltos a bancos, nós vemos
todos os dias. E o índice de criminalidade, senhores? No primeiro trimestre,
foram mais de mil furtos de veículos: mais de 2 mil roubos, quase 9 mil furtos
simples – roubos de veículos –, 6.700 roubos! Isso os registrados.
Então nós queremos, de alguma forma, dizer aos
nossos cidadãos que ocupem os seus espaços, ocupem o território, pois esse
território é nosso, e não da bandidagem. Nós promovemos, agora, domingo
passado, uma passeata pró-segurança pública, e lá tivemos vários participantes,
famílias inteiras, que foi um sucesso. E promoveremos outros atos, afirmando
que queremos, sim segurança. Queremos segurança já, queremos que o Estado – e
quando digo Estado, são os governos – ou que os governos ocupem os lugares que
estão ocupados pelo tráfico e pelo crime organizado.
Há pouco, nós vimos aqui, no condomínio Princesa
Isabel, que grafitaram o nome de um marginal, grafitaram a imagem de um
traficante. E lá, conversando com as lideranças comunitárias, que eu não sei,
possivelmente também recebam ameaças, nós vimos, senhores, que muitos valorizam
o crime organizado, porque falha, muitas vezes, a gestão de segurança pública
naquele espaço, falha, muitas vezes, gestão em torno do bem comum. Então
fizemos essa passeata e faremos novas passeatas, novos atos, para alertar que
Segurança pública, senhores, não é programa de governo, e sim programa de
Estado. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
em Pauta temos o Projeto de Resolução nº 018/15, da Mesa Diretora, “que altera
o caput do art. 1º da Resolução nº
1.526, de 22 de março de 2001, dispondo sobre a idade limite de dependentes
sobre a concessão do auxílio-creche aos servidores ativos da Câmara Municipal
de Porto Alegre”. Lendo isso, eu fui logo pesquisar o que realmente constitui
essa alteração. Eu me informei, numa simples leitura, de que se tratava de uma
redução do benefício, que não mais haveria de ser concedido em função de
ocorrência de servidores municipais que tivessem beneficiários com idade até 7
anos incompletos, e sim era reduzido para 6 anos incompletos. Aprofundei o
exame, Ver. Paulo Brum, especialmente porque V. Exa. é um dos signatários,
conheço V. Exa. de larga data, sei que V. Exa. é muito cuidadoso em matéria
dessa ordem, especialmente quando diz respeito à criança, ao adolescente,
àquele que, a nosso juízo, a meu juízo de democrata e liberal, de V. Exa., de
social-democrata, trabalhista, deve ser o credor no maior investimento público,
que é a criança, o adolescente. Infelizmente, a minha surpresa não me levou ao
desatino, porque a Exposição de Motivos, muito simples, muito objetiva, muito
clara, esclarecia, de forma precisa, as razões dessa alteração. É que houve uma
alteração na legislação maior. Em todo o País, por posição de lei federal, por
determinação do MEC, não mais se torna necessária a idade de 7 anos incompletos
para o início das atividades escolares propriamente dito, e sim foi reduzida
para 6 anos. E aí até é uma questão de coerência; se a pessoa não pode estar na
creche, porque não tem mais idade de creche, não pode mais estar na escola
infantil, tem que já estar na educação básica. Seria um equívoco manter uma
disposição que seria inaplicável. E, uma vez aplicado, ia se cometer alguma
irregularidade.
Então, esclarecido esse fato, eu fico feliz em me
precipitar e aprofundar o assunto, para que não paire nenhuma dúvida de que nós
estamos aqui na Câmara de Vereadores reduzindo prerrogativas dos nossos
servidores por iniciativa da Mesa Diretora, o que seria de lamentar. Não é o caso,
Dr. Thiago. Nós, que já estamos preocupadíssimos com a sorte do nosso Hospital
Porto Alegre, Ver. Janta; nós, que já estamos muito preocupados com isso,
dispostos a nos organizar numa Frente em Defesa do Hospital Porto Alegre; nós,
que estamos nessa situação, não temos tristeza nesse particular, porque o
particular que eu estou comentando, que é matéria de Pauta, de discussão
preliminar, sobre a qual eu tenho que me cingir, é uma situação que estou
esclarecendo devidamente.
O Sr. Dr.
Thiago: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, quero
parabenizá-lo pela sugestão da constituição da Frente Parlamentar em Defesa do
Hospital Porto Alegre. Acho que é uma ação, dentro das nossas possibilidades,
importantíssima de apoio à saúde dos nossos municipários. Sem dúvida nenhuma,
com V. Exa., com o Ver. Nedel, com a Ver.ª Lourdes, com o Ver. Janta, com
diversos Vereadores que, sem dúvida nenhuma, podem se somar, poderemos dar uma
importante contribuição para que esse hospital possa, cada vez mais, servir os
servidores do Município. Parabéns pela exposição da iniciativa! Quero lhe dizer
que já começo a trabalhar na confecção do documento, para que V. Exa.,
inclusive, possa ser o primeiro signatário.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Não faço questão desse privilégio, acho que tem que
ser um trabalho coletivo de todos.
Sr. Presidente, alertado de que o meu tempo
concluiu, V. Exa., gentilmente, me concedeu alguns minutos, eu lhe agradeço.
Cumprimento-o e, através de V. Exa., a Mesa toda, pela iniciativa correta de,
habilmente, em tempo adequado, se organizar e corrigir o que precisa ser
corrigido, em função de uma determinação maior que surge pelas razões que eu já
expus. Muito obrigado, Vossa Excelência.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Muito obrigado, Ver. Pujol. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 16h38min.)
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